domingo, 31 de julho de 2011

Storify facilita uso de conteúdo da internet em reportagens



LEONARDO LUÍS
DE SÃO PAULO

Busque a sentença "pelo Twitter", entre aspas, no Google Notícias e você provavelmente vai encontrar centenas de resultados remetendo a reportagens com declarações colhidas no Twitter.

Usar a internet como fonte direta de informações é uma prática comum no jornalismo. Burt Herman e Xavier Damman, dois empresários de San Francisco, criaram uma ferramenta, o Storify, cuja proposta é tornar isso menos trabalhoso.

Para usá-lo, o usuário precisa entrar em storify.com e instalar um aplicativo em sua conta no Twitter. Depois disso, terá acesso a um editor de reportagens. O diferencial dele em relação aos editores de serviços de blogs em geral é a facilidade de incorporar conteúdos de sites.

Para inserir no texto um tuíte de alguém, por exemplo, basta arrastar e soltar a mensagem no ponto desejado. O editor do Storify dá acesso à própria timeline do usuário, a seus tuítes favoritos, à busca do Twitter e ao perfil de qualquer pessoa.

Além de ser integrado com o Twitter, o serviço possibilita incorporar material do Facebook, do Flickr, do YouTube, da busca do Google, do próprio Storify e de qualquer site que ofereça conteúdo em formato RSS. O autor da reportagem pode intercalar os itens agregados com textos escritos no próprio editor.

Na reportagem pronta, os elementos incorporados têm links para as páginas de onde foram colhidos.

MIGRANDO O CONTEÚDO

Quando a reportagem é publicada, ela pode ser incorporada em blogs e outros sites. O botão "Embed story" gera um código em HTML para esse propósito.

Um problema é que o editor do Storify tem poucas opções de formatação. Não é possível nem definir o tipo e o tamanho da letra (Arial 11,5 é o padrão). Então, a não ser que se mexa no código-fonte, dificilmente uma reportagem do Storify vai parecer uma peça orgânica da página em que for incorporada.

Nos EUA, sites de veículos grandes, como os jornais "The Washington Post" e "Los Angeles Times", já usam o Storify. Do segundo, veja um exemplo em lat.ms/latstorify.

Editoria de Arte/Folhapress

Jornal A Folha de SP

sábado, 16 de julho de 2011

Twitter publica 350 mi de tuítes por dia

Por Fabiano Candido, de INFO Online

Twitter no celular: microblog tem um volume de 350 milhões de mensagens diariamente

São Paulo – O Twitter completou cinco anos nesta semana e, para comemorar, a empresa divulgou algumas curiosidades sobre o serviço.

Por dia, os usuários dos microblog postam cerca de 350 milhões de tuítes. As mensagens são postadas de várias partes do mundo, por meio de computadores e também celulares.

Com cerca de 300 milhões de usuários, segundo estimativas de empresas de pesquisas, o Twitter ganha por dia 600 mil novas contas. Este número de usuários, diz o próprio Twitter, é o mesmo que ela demorou para conseguir no seu primeiro ano e meio de vida.

Se mantiver o folêgo e o sucesso entre os internautas (e também não ganhar um concorrente de peso), o microblog espera chegar a um bilhão de usuários até o final de 2013. E até lá conseguir um faturamento de 1,5 bilhão de dólares - com venda de publicidades, que ainda é bem timída na empresa.

O Twitetr também tem um número impressionante de apps: são mais de 1 milhão, feitos por mais de 750 mil desenvolvedores que usam a API criada pelos engenheiros do Twitter.

Fonte: http://info.abril.com.br/noticias/internet/twitter-publica-350-mi-de-tuites-por-dia-16072011-6.shl

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Twitter começará a mostrar mensagens pagas a partir do mês que vem

Tweets de empresas ou marcas aparecerão para usuários assim que acessarem a conta no microblog

Twitter

Os usuários do Twitter começarão a receber mensagens pagas na timeline a partir do mês que vem, de acordo com oAllThingsD.

Os tweets pagos de empresas ou marcas serão a primeira mensagem que os usuários verão ao acessar a conta no serviço.

Os "Promoted Tweets To Followers" (tweets promovidos para os seguidores) serão mostrados de acordo com os interesses que os usuários já manifestaram no serviço. Um seguidor que disse se interessar por tecnologia durante o cadastro, por exemplo, vai receber tweets de empresas relacionadas ao assunto.

A iniciativa é a primeira feita pelo Twitter que força os usuários a receber propagandas. Os outros tipos de publicidade, como as contas e assuntos promovidos, podem ser ignorados - basta não olhar para a parte direita da página.

domingo, 10 de julho de 2011

É preciso entender a internet antes de se criar leis


A falta de leis específicas para tratar da internet costuma criar a sensação de que os autores de cibercrimes sempre ficarão impunes. Especialistas, entretanto, ressaltam que muitos dos crimes e ofensas no ambiente virtual já estão previstos na legislação em vigor. Criar leis para a internet não é urgente.

A delegada Alessandra Saturnino, coordenadora da Gerência de Crimes de Alta Tecnologia (Getat), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, considera exagero falar em impunidade. Ela explica que muitos dos crimes praticados pela internet estão descritos no Código Penal, “só mudam a arma de fogo e o meio usado para atuar, o modus operandi”, diz.

Mas reconhece que faltam leis para o setor. Alessandra acredita que há casos em que existe um “limbo” legislativo, pois nem sempre há previsão legal para as ações. Invadir um site, mas não fazer nada além disso, por exemplo, ainda não pode ser considerado crime. “Existem figuras que estão à margem da lei, e precisamos trazê-las para o mundo jurídico, para a esfera penal.”

O advogado Omar Kaminski, autor do site Internet Legal, entende que há “uma grande histeria” para os casos de crimes considerados sem maiores consequências. Para ele, a sociedade está passando por uma redefinição de valores, e “coisas tolas e bobas” são levadas à delegacia sem razão. Ele acredita que estão usando esse momento como pretexto para convencer as pessoas de questões políticas — como o embate entre a criação do Marco Civil da Internet e a votação do PL 84/99.

A impunidade dos crimes digitais, na visão de Kaminski, é de fundo sociológico. Segundo ele, a internet mudou a forma com que as pessoas se relacionam, bem como a dimensão da repercussão que uma mensagem pode tomar, e é isso que precisa ser discutido. Para o advogado, o que falta é um tratamento adequado para a web, e não uma legislação específica.

"Legismania"


Kaminski acredita que o Brasil sofre de um mal: acha-se que todos os problemas do país podem ser resolvidos com a criação de novas leis, é a "legismania". “Mas isso nunca nos garantiu segurança jurídica até hoje, e nem vai”, afirma.

O advogado Guilherme Bastian, do escritório BKBG, conta que, enquanto não há leis para crimes digitais, o trabalho dos advogados tem sido o de levar informações técnicas aos juízes. Com isso, diz, criam-se jurisprudências que suprem essa lacuna. No entanto, sustenta que para chegar a um entendimento uniforme sobre o assunto, é necessário “correr um caminho um pouco mais longo” do que simplesmente a criação de uma lei.

Bastian reconhece que, se houvesse leis definidoras, o trabalho dos juízes e advogados seria facilitado. Mas defende que não se pode restringir o uso da web com regulações limitantes. “No papel, há decisões muito fáceis de se cumprir, mas no mundo real é impossível”, diz, argumentando que “a solução não é regular, mas sim criar uma forma aberta de se entender as relações [na web]”.

Ivan Lira, juiz titular da 5ª Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, corrobora a visão de Bastian. Ele defende uma adequação legal, mas não a criação indeterminada de leis, “porque isso acaba criando um processo de hiperpenalização ineficiente”. Lira acredita que o exagero legislativo tende à letra morta, em que os textos “vão direto para a prateleira”.

O juiz acredita que grande parte dos crimes digitais, como as questões relacionadas a direito autoral de software ou invasão de sistemas, já estão previstas na legislação atual. Por isso, acredita que os que reclamam de desamparo legal para a internet estão “equivocados”.

Professor de Direito Penal há 20 anos, Ivan Lira defende o “esvaziamento” de sua área. Não por desprestígio, mas para “dar leveza ao Direito Penal e deixar a ele só o que for impossível de ser tratado em outras áreas”. Ele afirma ser “preciso chegar a uma adequação, mas não com esse calor que as pessoas dizem, porque aí acham que estamos num deserto legislativo — o que não é verdade”.

E o que se pode fazer?


Segundo a delegada Alessandra Saturnino, em casos de crime contra a honra, muito comuns na web, o que se deve fazer é procurar delegacias ou setores da polícia especializados em crimes digitais e apresentar provas. Deve-se imprimir a página, com cabeçalho e rodapé. É importante mencionar que print screens(imagens da tela do computador) não podem ser apresentados, pois podem ser alterados e manipulados.

Sobre as investigações criminais para coleta de provas, Alessandra prefere não dar detalhes. Ela diz que não é interessante para a Polícia revelar quais técnicas, procedimentos e equipamentos são usados para evitar que os criminosos se preparem. “Para nós, é mais interessante que não saibam do que somos capazes.”

Consultor Jurídico CONJUR

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Descubra quanto vale o seu perfil do Twitter

Ramon Cardoso

Da redação

Nível: Básico

Aplicativos necessários: TweetValue
Passos: 3

Quanto vale o seu perfil do Twitter? Assim como no Facebook, também é possível estipular um valor para o seu perfil no Twitter. Provavelmente você não conseguirá convencer ninguém a pagar tal valor pela sua conta no microblog, mas esta é uma forma interessante de avaliar a sua relevância em uma das redes sociais mais populares da atualidade. De acordo com o site, o cálculo é realizado com base nas informações públicas divulgadas por você. Veja abaixo como utilizar o TweetValue.

TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)

Passo 1. Acesse o site do TweetValue.

TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)

Passo 2. No campo "Twitter User ID", digite o seu nome de usuário.

Passo 3. Clique em "Get my value!" e aguarde enquanto o site calcula o resultado.

TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)TweetValue (Foto: Reprodução/TechTudo)

O site também disponibiliza um ranking com os perfis mais valiosos do Twitter.A cantora Lady Gaga aparece no topo da lista - com um perfil avaliado em modestos 110.765 dólares - seguida de perto pela pop star Britney Spears. O rapper Eminem é o quinto colocado.

Fonte: http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2011/04/descubra-quanto-vale-o-seu-perfil-do-twitter.html

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Tecnologia abre novas frentes ao jornalismo

Homenageado pela Abraji, Rosental Calmon Alves destaca que internet e redes sociais permitem troca de informações entre mídia e leitores

Isadora Peron, de O Estado de S.Paulo

De exímio operador de telex a tuiteiro com mais de 8 mil seguidores. A capacidade do jornalista e professor Rosental Calmon Alves, de 59 anos, de se adaptar às inovações tecnológicas das últimas décadas é um dos motivos pelos quais foi homenageado na sexta-feira, 1º, em sessão solene, durante o 6.º Congresso de Jornalismo Investigativo da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo.

Andre Lessa/AE
Andre Lessa/AE
Rosental: ‘As redes sociais mudaram o mundo’

Considerado um dos grandes teóricos do jornalismo online da atualidade, Calmon Alves chamou a atenção para os desafios a serem enfrentados pelos jornalistas neste momento de revolução digital.

Segundo ele, o surgimento das redes sociais, como o Twitter e o Facebook, não mudou somente o jornalismo, e sim o mundo. "Nunca antes os avanços tecnológicos nos afetaram tanto e, consequentemente, afetaram a forma de fazer jornalismo. Há mais de uma década que eu venho alertando para isto: não dá mais para continuar fazendo jornal do mesmo jeito", disse.

Segundo ele, essa é uma nova realidade que as grandes empresas de mídia precisam aceitar. "Hoje a comunicação não é mais vertical, unidirecional, com a internet ela passou a não ter limites. Outra diferença é que a audiência não é mais passiva, não se trata mais de um monólogo, é preciso haver um constante troca de informações entre os leitores e o jornal", explicou.

Ele citou como sinal de alerta os problemas enfrentados pelas empresas do setor nos Estados Unidos. "A quantidade de publicidade nos jornais norte-americanos diminuiu 45%. Nos últimos cinco anos, mais de 21 mil jornalistas foram demitidos."

Biografia. Calmon Alves começou sua carreira de jornalista em 1968, aos 16 anos. Entre outros veículos, passou pelas rádios Tupi e Nacional, no Rio, e pelas revistas IstoÉ e Veja. No Jornal do Brasil, foi correspondente em Madri, Buenos Aires, Washington e Cidade do México.

Em 1995, foi o responsável pelo lançamento da primeira versão para a internet de um jornal brasileiro: o JB Online.

Um ano depois, trocou as redações pela carreira acadêmica, tornando-se professor na Universidade do Texas, em Austin. Em 2002, criou o Centro Knight para Jornalismo nas Américas.

O Congresso da Abraji termina neste sábado, 2. Ao todo, mais de 800 pessoas, entre jornalistas e estudantes, participaram do evento.

Jornal O Estado de SP